Neles, eles precisam se adaptar constantemente aos altos e baixos das sociedades líquidas.
O esforço contínuo do indivíduo para construir uma identidade, nestas circunstâncias, produz lágrimas essenciais e o empurra para situações de grande fragilidade. O desafio do sujeito moderno consistiria em forjar uma identidade própria que se mostrasse sólida, mas capaz de se adaptar às diferentes situações que a montanha-russa de sua vida os leva.
Para onde esta sociedade está nos empurrando ou nos levando? Existe algum propósito, um "Telos"? Segundo Bauman não, a modernidade líquida nos leva a um movimento de não finalidade, de inconclusão. O indivíduo tem que estar no mundo de forma reflexiva, autônoma e buscar uma felicidade que não é mais um ideal a ser alcançado, mas uma necessidade material compulsiva que muitas vezes leva à insatisfação. Se a satisfação-felicidade deve ser proporcionada por bens de consumo (felicidade material e efêmera) e não pela busca e realização de ideais ou valores imateriais, a quantidade de bens nunca será suficiente para nos satisfazer e nos levará a uma constante infelicidade e ansiedade, a uma roda sem começo nem fim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário